Dias emoldurados
O desejo é algo limitado a aqueles que se perdem sobre a solidão, entendo e digo sobre isto porquê vivo todos os meus dias sobre o anseio.
Vamos lá, lembra do meu texto anterior em que refletíamos sobre memórias olfativas? Bem, ali era o começo de uma pequena história, aonde cheiros foram até mesmo associados a traumas.
Acredito que sempre meu erro foi a memória de elefante, trazendo para algo mais simplificado, uma memória antiga, o cheiro de amaciante da roupa de minha tia era algo não tátil mas trazia conforto, e na época era ali que fugia quando tudo estava errado.
Mas a descoberta do milênio é que tudo estava errado quase sempre, a dor sempre foi constante e o vazio gigantesco, minha mãe sempre exagerou no modo ruim de minha criação, neste meio dos aromas, dos dias, dos climas, do decorrer da vida
E sabe, o desejo se torna insuficiente, a cabeça vive num looping bem de fundo com a Dory (Procurando Nemo) falando "Continue a Nadar".

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